Coroa de espinhos, dissonância, desgosto para o gosto da brincadeira de mau gosto.
Arte, pois. Em agosto.
Dança de ventre, desporto radical, pesadelo com paisagem duvidosamente quente.
Posse do corpo, faquir flutuante, nudez anerótica.
Corpo vedado. Vendado. Vendido?
Convivência harmoniosa com o horror.
Tortura para salvação da arte, para descobrir os segredos do medo e da dor.
Redundância.
Aproximação dolente da lente ao sofrimento e ensaio do limite humano.
Construção, escavação histórica na mente, no hipotálamo, na consciência.
Anestesia.
Espinho cravado em carne para Canon.
Tétrica observação obstétrica.
Barriga de aluguer.
Parto com dor.
2 comments:
Fantástica sequência de palavras, de conceitos, de ligações, de evocações... dada a imagem e o texto que a suscitou. E lê-se como uma melodia revoltada.
e a imagem?
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